Promulgada em 7 de agosto de 2006, a Lei Federal que leva o nome da farmacêutica Maria da Penha, hoje com 76 anos, surgiu da luta para que o agressor, o ex-marido Marco Antônio Heredia Viveros, fosse condenado. Em 1983, ele tentou matá-la duas vezes, o que acabou a deixando paraplégica. Apenas em 2002, quando faltavam seis meses para a prescrição do crime, ele acabou condenado, cumpriu um terço da pena e foi solto em 2004.
Neste 7 de agosto, o Centro Nordestino de Medicina Popular (CNMP) compartilha com as mulheres do Sertão de Pernambuco e de todo país a sua disposição de luta e resistência por avanços nas políticas públicas de combate à violência contra a mulher.
No Sertão, o CNMP desenvolve o projeto Caminhando Contra a Violência as Mulheres do Sertão do Araripe, realizado em quatro municípios da região – Exu, Granito, Ipubi e Moreilândia – e tem o objetivo de contribuir para o enfrentamento e superação das violências contra as mulheres desses municípios.
De acordo com o Relatório de Dados Estatísticos de Violência Doméstica e Familiar Contra as Mulheres da Região do Sertão do Araripe, do Governo do Estado, até junho deste ano foram contabilizados 726 casos na região relacionados a feminicídios, violência doméstica familiar, crimes sexuais, entre outros.
O projeto realizado pelo CNMP, com o apoio de Pão Para o Mundo e parceria dos Fóruns de Mulheres de Pernambuco e do Araripe, luta pelo fim da violência contra as mulheres e também a implantação da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher do Sertão do Araripe.
#leimariadapenha#violênciacontramulhernão#sertaodoararipe#CNMP