“Quem não fala sobre a morte acaba por se esquecer da vida”, assim nos diz o escritor Rubem Alves, na história _O medo da sementinha_ .
E é de silêncio e medo que viemos falar.
Dia 28 de Maio é o Dia de Combate à Mortalidade Materna e, neste ano, especialmente, convocamos à reflexão sobre a qualidade da assistência.
Segundo o Ministério da Saúde, 92% das mortes maternas são por causas evitáveis e ocorrem, principalmente, por hipertensão, hemorragia ou infecções (estas especialmente relacionadas às situações de abortamento).
No Brasil, a Razão da Mortalidade Materna atingiu em 2016 o patamar de 64, 4 por 100 mil nascidos vivos. Índice muito mais alto do que o considerado aceitável pela OMS, que preconiza que as taxas devem se manter abaixo de 20. (Dados MS)
A OMS também reconhece que “no mundo inteiro, muitas mulheres sofrem abusos, desrespeito e maus-tratos durante o parto nas instituições de saúde.
Tal tratamento não apenas viola os direitos das mulheres ao cuidado respeitoso, mas também ameaça o direito à vida, à saúde, à integridade física e à não-discriminação”, apontando que o cuidado negligente durante o parto é responsável por desfechos negativos e situações ameaçadoras da vida.
Abuso, desrespeito, maus tratos e negligência durante o ciclo gravídico-puerperal tem nome: Violência Obstétrica.
E Violência Obstétrica Mata