Nesta manhã (31) aconteceu, no auditório do CAATINGA, em Ouricuri, a Audiência Pública “Violência Contra a Mulher, não tem Desculpa, tem Lei”, promovida pelo Centro Nordestino de Medicina Popular, por meio do Projeto Caminhando Contra a Violência as Mulheres no Sertão do Araripe.
O evento contou com a presença das Coordenadorias da Mulher de Ouricuri, Exu e Moreilândia, da secretária da Mulher de Araripina, delegado de Polícia Civil de Ouricuri, delegado seccional do Araripe, o promotor de Justiça, Dr. Lúcio Luiz, representantes do Fórum de Mulheres do Araripe, da Ong CAATINGA, do Grupo de Mulheres Jurema, Sindicatos dos Servidores Públicos de Ouricuri e de Trabalhadoras e Trabalhadores Rurais de municípios do Araripe, além das trabalhadoras da assistência social e saúde de vários municípios e mulheres das comunidades rurais.
As atividades tiveram início com a apresentação da Batucada Feminista do Araripe. Em seguida, a abertura da Audiência, com várias falas de representantes do poder público local e da sociedade civil, apresentação do Dossiê elaborado pelo Fórum de Mulheres de Pernambuco, que traz a realidade da violência vivida pelas mulheres no Estado.
O delegado da 24º delegacia, Dr. George Dantas, apresentou alguns dados da violência contra as mulheres registrados esse ano no Sertão do Araripe, que mostram muitos crimes, ameaças de descumprimento de medidas protetivas, difamação, calúnia, maus tratos, pertubação de sossego, estupro e feminicídios.
O promotor de Justiça, Dr Lúcio Luiz, endossou a necessidade da luta pela implantação da Delegacia Especializada “Vamos lutar pelas delegacias das mulheres no Araripe. A nossa luta passa pela estrutura física, mas precisa também ter pessoal preparado para receber e acolher as mulheres vítimas de violência da melhor forma possível”, afirmou o promotor.
A audiência contou depoimentos fortes, que demonstram o engajamento e compromisso das organizações presentes para combater a violência contra a mulher, entendendo que é uma questão estrutural, que passa pela necessidade de mudar a forma de educar meninos e meninas para se tornarem adultos que se respeitam e se acolhem na diversidade.
